Preso em Operação Tiger Hunt, Influenciador Ostentava Vida de Luxo nas Redes Sociais
Cáceres, 9 de outubro de 2023 — Luiz Gustavo Almeida, de 26 anos, foi preso nesta segunda-feira (9) durante a Operação Tiger Hunt, deflagrada em Cáceres (214 km de Cuiabá). O influenciador digital é acusado de integrar uma organização criminosa que explorava o jogo Fortune Tiger, conhecido como "Tigrinho", para aplicar golpes com o uso de influenciadores.
Nas redes sociais, Luiz Gustavo ostentava uma vida de luxo, com a exibição constante de imóveis, carros de alto valor, pilotando barco e viagens. Tudo acompanhado de mensagens motivacionais sobre sucesso e superação.
Aquisições e Mensagens Motivacionais
Em diversas publicações, Luiz Gustavo aparecia segurando banners em formato de chave, símbolo comum em ações de marketing de conquistas patrimoniais. Em uma delas, celebrava a aquisição de um VW Jetta TSI automático, avaliado entre R$ 120 mil e R$ 250 mil. Outra publicação destacava a compra de um imóvel. A imobiliária responsável pelo negócio chegou a agradecer publicamente ao influenciador:
"Gostaríamos de expressar nossa sincera gratidão ao @guustta06 por confiar na Bella Imobiliária na realização do seu sonho de adquirir um imóvel. Desejamos muitas felicidades e conquistas em sua trajetória."
Além das aquisições, o investigado também publicava frases como:
"Quem constrói seu caminho não precisa de sorte. O segredo está na constância: semeie, acredite, realize. Sucesso é a colheita de quem nunca desistiu de plantar."
Na comemoração do aniversário, afirmou:
"Hoje celebro mais um ano, com a certeza de que tudo que vivi me transformou no que sou. Um brinde à vida".
O Esquema Criminoso
Luiz Gustavo é um dos alvos da operação que investiga uma organização criminosa acusada de explorar o jogo Fortune Tiger para aplicar golpes com o uso de influenciadores. Os suspeitos promoviam vídeos com supostos ganhos rápidos usando versões manipuladas do jogo, com o objetivo de atrair apostadores.
O grupo também comprava CPFs de pessoas vulneráveis para abrir contas digitais e lavar dinheiro. Durante as investigações, a Polícia Civil identificou ostentação incompatível com a renda declarada: veículos de luxo, imóveis, motoaquáticas, joias e viagens para destinos caros.
A operação cumpre 21 mandados judiciais, incluindo prisões, buscas, bloqueio de bens e suspensão das atividades de empresas ligadas aos investigados.